"É necessário estar sempre bêbedo", que esteve comigo desde os primórdios de meus estudos, e estará sempre. "Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, (...) embreagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, como achardes melhor".
Nunca tão atual como agora, em que o tempo da informação venceu o tempo da experiência. Em que a rememoração venceu a memória. Em que o tempo, atomizado em último grau, agora nos controla na fome constante, na vontade de mais, no medo da perda de qualquer coisa.
E como nunca temos tempo, embreago-me para saber que tudo se reduz a isso; eis o único problema. Para não sentir o fardo horrível do Tempo, que me abate e me faz pender para a terra, é preciso que me embreague sem cessar.
Não sei o porquê...
ResponderExcluirMas lembrei do velho Bakthin...quem está na arte não está na vida...