domingo, 24 de julho de 2016

Cantar o dia como um minuto após o outro. Tempo. Pergunto ao rio retornando antigo a mim, verso duro e obscuro. Tempo. Onde meus olhos pousam, lentos, vagando vagabundos no tempo imenso de mim, atropelado por ponteiros e mágicas. O dia comprido cumprido onde o tempo é talvez um tom de cor nova, ainda não pensada ou vivida, talvez um tom de verde. Tempo. Essa novidade acústica que eu experimento com os dedos, sem saber de ser ou de estar, onde ser e estar se fundem num verbo inexistente na minha língua, de pensamento ambíguo impossível. Língua de rodopios e desgastes. Na essência dos verbos, estados e seres divididos, seus predicados e processos. Quando. Este tempo hoje, os muros da casa que abraçam, o sol de um fim de dia e de datas somadas, estranha maneira de sabor. No fim. Tempo. Hoje. Tempo: temperada temperatura do toque.

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