segunda-feira, 28 de abril de 2014

retratos populares - parte II

...em um bar da rua ceará eu encontrei o choro, um cardápio que era um LP e duas fotos da Dalva que acho lindas. fui ao conservatório ouvir a um recital de uma pianista russa interpretando Rachmaninoff. fui ao cinema duas vezes numa mesma semana ver filmes razoáveis e encontrei um belo livro de poemas de Ondjaki, autor que eu conhecia só da prosa, e fiquei tentado com o livro de Valter Hugo Mãe, o já famoso "Máquina de fazer espanhóis" e o novo que será lançado essa semana no Brasil. estou me ajeitando para ir ao cinema ver ao Woody Allen em um filme que não é dele, nem por ele dirigido - e é tão raro ver o Woody Allen atuando em filmes de outras pessoas, soa estranho tanto quanto ver o Tarantino em película que não a dele. "Abraçaço" do Caetano é realmente muito bom, um disco e tanto, e o primeiro do Pó de ser emoriô também é, cheio de uma musicalidade nova, um trabalho gostoso e bonito de ouvir e de passar essas últimas tardes. as últimas tardes que se despedaçam nesse bonito sol de outono, aqui, numa manhã um pouco fria, sabendo que a dois quarteirões a vida pulsa indomada nos ônibus, nos restaurantes que se preparam para a hora do almoço, nas loterias, dentro de algum livro cheio de idas e vindas, cheio de escolhas. é preciso fazer escolhas, sempre, como a de dobrar uma esquina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário