sexta-feira, 24 de novembro de 2017


a memória dos mortos
seus sedimentos

o que nos acaba no declive
e o que nos impõe o objeto.

os mortos
seus dissabores
e o que há de rançoso no ir
que nos coloca a amarga
troca

troca morosa da morte
lenta
que transforma vivos em agiotas:
um barganhar somente

onde o corpo do morto pouco vale
mas espera:
rutila a cor insossa que consome