A vida sobre todas as perguntas essenciais. Mas espero. Espero as coisas que não se explicam. Onde está meu amor preto e branco. Imenso, me vem – seja lá por qual caminho – nesse vendaval. Porque eu não entendo muito bem de cores. Entendo quase nada de amor. Mas o amor preto e branco, que me vem, é além da carne das coisas, estranho e indomado. Torcido. Amor que torce, me torce por dentro. Amor torcido de torcida. Feito blusa no varal. Não entendo o amor pelo Atlético, mas eu entendo de camisas no varal e tempestades. Estendido, meu amor conhece profundamente os desafios contra o vento, os vendavais e as tempestades. De torcer por dentro o vento. E o ultrapassar preto e branco, profundo e intermitente, este infinito bipartido.